(foto: pinterest)
Foi sem o teu amor, que
eu aprendi.
Com o passar dos anos, a gente aprende tanta coisa quanto ao sentir, tanta coisa ruim. Se um garoto te
empurra na escola, quando você tem apenas seis anos, a primeira coisa a se
ouvir é: "Esse garoto faz coisas
horríveis porque está a fim de você". Como assim, a fim de você? Esse
é o problema. Com isso, nós somos encorajadas, programadas a aceitar um
amor líquido. Acreditando que, se alguém manifesta os tais ‘joguinhos', é
porque esse cara tem uma ‘queda’ por você. Não
adianta procurar sinais. Se ele estiver a fim, você irá saber.
O teu amor me ensinou a
ser abrigo de mim mesma. Até que um dia, eu pude acordar sem te perceber e comecei a me
perceber. O teu medo me fez lembrar o quão corajosa eu sou. A partir daí,
precisei voltar pra casa sozinha, mesmo sem saber a rota. Afinal, era você quem
guiava o caminho o tempo todo. Sem o teu amor, eu precisei me segurar em
algo e perceber que contar até três não faz passar. E cada dose homeopática
que eu tomava só me fazia entender que você não me amava: você amava o meu amor por você. Esse fim me mostrou que de nada
adianta o enigma do amor – ele é um mito. Não o amor: o enigma. Afinal, não precisa ser difícil. Você apenas sabe que é,
sem ler as entrelinhas, sem procurar sinais. Esse amor me ensinou que o jeito
não era esquecê-lo. Eu jamais teria essa funcionalidade. O
certo era não priorizá-lo mais.
Eu
entendi que a hora que eu marcava comigo, era só comigo, e você não precisava
mais estar lá. E talvez o maior dos aprendizados fosse resistir e permanecer
forte ao fim.
Obrigada
por aquela frase: "Você merece um
amor tão intenso quanto o seu". Foi nesse momento que eu entendi que
realmente ali não era mesmo o meu lugar. Estava na hora de ser ponto
final.
Obrigada por ter ido
embora.